Translate

domingo, 4 de agosto de 2019

O Sol, a Música e a Vida

Ô, Sol
Vê se não esquece e me ilumina
Preciso de você aqui
Ô, Sol
Vê se enriquece a minha melanina
Só você me faz sorrir



Esses versos estão fazendo sucesso há mais de um ano, mas eu ainda não tinha parado para ouvir essa música. E me deparei com ela e com sua história, quase por acaso, um dia desses. Resolvi contar, pois ela enfatiza a força que a música pode exercer na vida das pessoas, em nossas vidas.

Há algum tempo eu não assisto programas de televisão e isso me afasta um pouco de algumas novidades da música. Mesmo mantendo este blog, a maioria das publicações dizem respeito a artistas e músicas mais antigas, uma espécie de reminiscência musical, associada à minha idade e ao meu estilo.

Preciso pesquisar um pouco mais para conhecer e publicar sobre gente jovem e talentosa que está construindo o seu espaço, o seu lugar ao sol.



O jovem Vitor Kley, cantor e compositor, esteve participando do programa "Conversa com o Bial" e foi aí que eu o conheci e soube da história desse sol, ou melhor, dessa música que alavancou a sua carreira artística.


Vitor Kley, seu violão e o Sol.


Os versos são realmente bonitos, ele soube colocar uma melodia moderna e atraente e aí, como diz o compositor Paulo Cesar Pinheiro, em uma de suas músicas: "o poeta se deixa levar por essa magia, e um verso vem vindo e vem vindo uma melodia, e o povo começa a cantar". E parece que foi mais ou menos assim que aconteceu com ele. Dedilhando e cantarolando, sobre o seu mundo de praia e sol, o surfista Vitor Kley compôs a música O Sol, em um desses momentos de inspiração. E ela se tornou um sucesso enorme.

Bom, mas teve mais magia nessa história. E me impressionou a emoção verdadeira do artista ao lembrar e contar durante a entrevista. Devo dizer que eu também me emocionei quando assisti.

Uma menina de 5 anos foi diagnosticada com um tumor no cérebro no ano passado. Durante todo o tratamento, só uma coisa acalmava a menina nas sessões de quimioterapia e radioterapia: a música "O Sol", que seus pais cantavam durante o procedimento. Essa identificação com a música, que se tornou uma terapia complementar, fez com que seus pais a levassem ao show do Vitor Kley, onde ela subiu ao palco e cantou com ele. A partir daí, a própria vida do cantor e compositor também se transformou.

Vocês podem ver a história completa nesta parte da entrevista que está no link logo abaixo. Por isso a mensagem de hoje em nosso blog não é apenas sobre essa música, mas sobre o poder da Música.

Vitor Kley no Programa Conversa com Bial:



Aliás, já tratei dessa força da música aqui no blog quando mostrei que mesmo nas perdas graves de memória, a música resiste por mais tempo. Com minha mãe, por exemplo, que tem a Doença de Alzheimer, a música ainda é uma das poucas referências de memória. Essa história você lê clicando aqui.

Não é a toa que a música é recomendada como um dos mais eficazes elementos de promoção da saúde mental, de alegria e de relacionamentos, seja ouvindo, cantando, dançando ou tocando um instrumento.

As músicas são usadas em relaxamento, meditação, corrida, caminhada, malhação, estudo, festas, enfim, indicações múltiplas!

Estou tratando da música na sua forma mais livre, mas existe até uma terapia formal e específica denominada musicoterapia. Veja nas referências se tiver interesse.

Portanto, entregue-se à música com prazer e terá bons resultados em todos os aspectos da sua vida. Dedico essa publicação para você que está escolhendo colocar a música em sua vida.

E fique ligado no nosso blog e página se quer receber informações, artigos, reportagens, vídeos, música e poesia: facebook.com/vemvindoumamelodia

E agora, que venha a música, os versos e a melodia desse Sol!

O Sol
(Vitor Kley)

Ô, Sol
Vê se não esquece e me ilumina
Preciso de você aqui
Ô, Sol
Vê se enriquece a minha melanina
Só você me faz sorrir

E quando você vem
Tudo fica bem mais tranquilo
Ô, tranquilo
Que assim seja, amém
O seu brilho é o meu abrigo
Meu abrigo

E toda vez que você sai
O mundo se distrai
Quem ficar, ficou
Quem foi, vai, vai
Toda vez que você sai
O mundo se distrai
Quem ficar, ficou
Quem foi, vai, vai, vai
Quem foi, vai, vai, vai
Quem foi

Ô, Sol
Vê se não esquece e me ilumina
Preciso de você aqui
Ô, Sol
Vê se enriquece a minha melanina
Só você me faz sorrir

E quando você vem
Tudo fica bem mais tranquilo
Ô, tranquilo
Que assim seja, amém
O seu brilho é o meu abrigo
Meu abrigo

E toda vez que você sai
O mundo se distrai
Quem ficar, ficou
Quem foi, vai, vai
Toda vez que você sai
O mundo se distrai
Quem ficar, ficou
Quem foi, vai, vai, vai
Quem foi, vai, vai, vai
Quem foi, vai, vai

Ô, Sol
Vem, aquece a minha alma
E mantém a minha calma
Não esquece que eu existo
E me faz ficar tranquilo
(Sol)
Vem, aquece a minha alma
E mantém a minha calma
Não esquece que eu existo
E me faz ficar tranquilo

E toda vez que você sai
O mundo se distrai
Quem ficar, ficou
Quem foi, vai vai
Toda vez que você sai
O mundo se distrai
Quem ficar, ficou
Quem foi, vai, vai, vai
Quem foi, vai, vai, vai

No vídeo abaixo, Vitor Kley, em versão acústica, voz e violão.





Referências:

Vitor Kley, portal oficial:
http://www.vitorkley.com.br/

Reportagem sobre a menina cuja música O Sol foi sua melhor terapia contra o câncer:

Música pode ajudar em tratamento contra o câncer:


domingo, 16 de junho de 2019

Você não me ensinou a te esquecer

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando me encontrar

De repente, em casa, minha filha está ouvindo e cantando essa música. E eu pergunto: Ué? Como é que você conhece essa música? Quem está cantando? Ela me olha, surpresa, e responde: Esta versão é com a Patrícia Lima, mas todo mundo conhece essa música...

E aí me vem toda uma história na cabeça, da década de 70. Fernando Mendes era um cantor que muita gente considerava brega, mas suas músicas faziam sucesso. Apelando pra emoção, a música que fez com que ele ficasse realmente conhecido, vendendo mais de 250 mil discos (LP), em 1975, chamava-se Cadeira de Rodas. Em seus versos, ele relatava o seu amor por uma garota linda e tristonha que, em sua cadeira de rodas, era muito triste, mas sorria quando ele passava.

Sentada na porta,
Em sua cadeira-de-rodas ficava.
Seus olhos tão lindos,
Sem ter alegria,
Tão triste chorava.


Com lançamentos periódicos e músicas em trilhas de novelas, Fernando Mendes foi se mantendo nas paradas musicais. Em 1978, seu LP foi o mais vendido do ano. E você já pode imaginar qual foi a música que foi a atração principal para o público que curtia o romantismo de suas melodias: Você não me ensinou a te esquecer.


Se o refrão é daqueles que grudam na memória, por dentro da música, seus versos gritam em nossos ouvidos desesperadamente:

E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

Mas música e poesia tem que ser assim mesmo. Falando em verso e melodia aquilo que, em prosa, muitas vezes não ousamos.


Cena do filme Lisbela e o Prisioneiro

Voltando à conversa com a minha filha, ela me lembrou que o Caetano regravou a música para a trilha sonora do filme Lisbela e o Prisioneiro, lançado em 2003. Uma interpretação muito linda e um arranjo novo, trouxeram a música de volta ao sucesso, relembrando os velhos tempos e conquistando novos admiradores. Ainda mais que a música é o tema dos protagonistas, o casal romântico do filme: Lisbela e Leléu (Débora Falabella e Selton Mello).

No vídeo, Caetano, ao vivo, em um show da trilha sonora do filme.



E a Patrícia Lima, que eu mencionei no início dessa história? Ela e muitos outros cantaram e cantam essa música. Seja no estilo barzinho e violão, como é o caso da Patrícia (ouça a versão dela clicando aqui), ou em outros estilos. Como exemplo, a música já foi cantada por Bruno e Marrone, Christian e Ralf, Luan Santana, Gil Melândia, Ricky Vallen, entre outros.

Enfim, o LP que lançou a música, em 1978, é uma raridade em vinil, mas com os aplicativos de música ele está acessível a quem quiser.

LP Fernando Mendes, 1978

Mas agora, a hora é de escutar com o próprio compositor, por isso coloquei aqui esse vídeo de 2016, com o Fernando Mendes interpretando ao vivo o seu sucesso de sempre, que ele não nos ensinou a esquecer.



Você não me ensinou a te esquecer
(Fernando Mendes, José Wilson, Lucas)

Não vejo mais você faz tanto tempo

Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto

E nesse desespero em que me vejo

Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

Você bem que podia perdoar

E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la

Agora, que faço eu da vida sem você?

Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Agora, que faço eu da vida sem você?

Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando me encontrar

Agora, se você é fã do Fernando Mendes, pode curtir essa Seleção de Ouro, um álbum que está no Spotify.



Se gostou do nosso blog, compartilhe com seus amigos.

Para acompanhar as atualizações, você pode curtir e seguir a nossa página:

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Na rua, na chuva, na fazenda...

Jogue suas mãos para o céu
E agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre com você
Na rua, na chuva, na fazenda
Ou numa casinha de sapê


Eu fiz uma playlist de música popular brasileira - MPB Seleção - e não me canso de ouvir. São cerca de 150 músicas, daquelas que me fazem viajar no tempo. Algumas delas têm uma força incrível e muitas vezes são de compositores e cantores que eu nem me lembrava ou pouco ouvia falar.


Casinha de Sapê

Uma dessas músicas é Casinha de Sapê (Na rua, na Chuva, na Fazenda). Seu compositor e intérprete original é o Hyldon, que lançou seu primeiro disco LP em 1975 e arrebentou nas paradas de sucesso com essa canção eterna... Na verdade, a música tinha sido "testada" em um compacto, no ano anterior e a gravadora, sentindo o cheiro do sucesso, aceitou a ideia de um LP autoral. Esse disco está disponível nas mídias digitais e aqui mesmo eu coloquei um atalho para você ouvir. No mesmo disco, um outro sucesso incrível, As Dores do Mundo.

E vou esquecer de tudo
Das dores do mundo
Só quero saber do seu, do nosso amor




Mas quero voltar a falar de Casinha de Sapê e do seu compositor. Hyldon foi um dos mais importantes representantes da música Soul no Brasil, e houve um tempo que, com Tim Maia e Cassiano, eram chamados de A Santíssima Trindade do Soul. Antes do lançamento do LP que eu mencionei, ele já vinha se consolidando como um músico e compositor requisitado. Depois, a sua trajetória incluiu parcerias e produções musicais de Tim Maia, Cassiano, Odair José, Wilson Simonal, Toni Tornado, entre outros. Um bom exemplo de sucesso foi a música Velho Camarada, na voz de Tim Maia, uma composição de Hyldon e Cassiano, lá por volta de 1979.



Hyldon, um ícone da MPB

De acordo com Hyldon, a música Na rua, na Chuva, na Fazenda foi inspirada em um amor que ele cultivou na juventude, uma garota mineira, de Juiz de Fora. Um amor mais platônico do que físico, como ele mesmo disse em uma entrevista. O local que serviu de inspiração para a música foi uma cidade no litoral sul do Espírito Santo, onde ele e alguns amigos alugaram uma casa, perto de uma...casinha de sapê. Lá, curtindo a saudade e a vontade de estar com sua amada, ele compôs a música que seria gravada e regravada inúmeras vezes por vários artistas. "Essa música foi feita de um sentimento meu, então ela representa um pedaço de mim." - assim o Hyldon fala, com emoção, sobre sua obra mais importante.

Uma das regravações mais famosas é do Kid Abelha, em 1996. Mas muita gente levou essa música em shows, trilhas de novela, filmes, ou simplesmente no estilo banquinho e violão. Tem versões com Tim Maia, Jorge Aragão, Lenine, Jeito Moleque, Sandy, Sambô, Jota Quest, entre outros. Aliás, uma versão acústica, com Tiago Iorc e Clarice Falcão, é a primeira que eu selecionei pra você, como um exemplo da atualidade da música.




Não estou disposto
A esquecer seu rosto de vez
E acho que é tão normal
Dizem que eu sou louco
Por eu ter um gosto assim
Gostar de quem não gosta de mim

Jogue suas mãos para o céu
Agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre com você
Na rua, na chuva, na fazenda
Ou numa casinha de sapê


Como nós sabemos, a música viaja no tempo e ganha novos olhares e novos ouvidos, novas interpretações. Cada um que ouve, viaja também, e imagina o que quiser ao ouvir uma canção, ainda mais quando ela fala de amor e saudade.

Até o Frejat, mandou bem numa interpretação dessa música no Rock in Rio. Dá só uma olhada nisso!


E o Hyldon? Esse baiano é fera mesmo. Não parou até hoje e, no agito dessa vida de artista, vem fazendo shows, compondo e produzindo. Em 2016 lançou um álbum novo que foi premiado (As coisas simples da vida) e está lançando alguns singles agora. Nas redes, em todas elas, você vai encontrá-lo ativo. E com esse nome não é difícil de encontrá-lo.


Mas se você quer vê-lo e ouvi-lo cantando Na Rua, na Chuva, na Fazenda, ele preparou um clipe pra você!



Se você gostou do nosso blog, compartilhe em suas redes.

Se quiser acompanhar as novidades, curta e siga a nossa página:
facebook.com/vemvindoumamelodia/

Referências:

Página oficial: http://hyldon.com.br/


Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hyldon

Dicionário Cravo Albin da Música Brasileira:
http://dicionariompb.com.br/hyldon

Entrevista Canal Bis: https://youtu.be/qsTSIo56Ugk

Revista Trip:
https://revistatrip.uol.com.br/trip/hyldon-carlos-dafe-e-gerson-king-combo-se-encontram-pela-primeira-vez-simultaneamente-no-palco

sábado, 25 de maio de 2019

Nós ainda cantamos e sonhamos...

Todavía cantamos, todavía pedimos
Todavía soñamos, todavía esperamos;
Que nos den la esperanza
De saber que es posible
Que el jardín se ilumine
Con las risas y el canto
De los que amamos tanto

Há 35 anos, Víctor Heredia, emocionou a Argentina e toda a América Latina, com a força desses versos e dessa música. Na voz de Mercedes Sosa, ela se transformou em um hino de esperança.

Embora a inspiração tenha sido pessoal, familiar, a música criou uma forte identificação com o momento e por isso ela ganhou vida própria.

Víctor Heredia
E foi essa música que veio agora aos meus ouvidos, com muita força e emoção, ao encarar sentimentos de medo,  tristeza, desencanto. Mesmo assim eu canto, eu sonho, espero e acredito que é possível que o jardim se ilumine.

Todavía cantamos, todavía pedimos
Todavía soñamos, todavía esperamos
A pesar de los golpes
Que asestó en nuestras vidas
El ingenio del odio
Desterrando al olvido
A nuestros seres queridos
Todavía cantamos, todavía pedimos
Todavía soñamos, todavía esperamos;
Que nos digan adónde
Han escondido las flores
Que aromaron las calles
Persiguiendo un destino
¿Dónde, dónde se han ido?
Todavía cantamos, todavía pedimos
Todavía soñamos, todavía esperamos;
Que nos den la esperanza
De saber que es posible
Que el jardín se ilumine
Con las risas y el canto
De los que amamos tanto
Todavía cantamos, todavía pedimos
Todavía soñamos, todavía esperamos;
Por un día distinto
Sin apremios ni ayuno
Sin temor y sin llanto
Porque vuelvan al nido
Nuestros seres queridos
Todavía cantamos, todavía pedimos
Todavía soñamos, todavía esperamos...

Nesse vídeo, a força dos versos e da melodia. Em uma apresentação histórica no Festival Internacional de Música, em Viña del Mar, no Chile, em 1993. Mercedes Sosa. Todavía Cantamos!


E aqui, uma versão em estúdio, com a interpretação do próprio Víctor Heredia e Leon Gieco.


Referências:

http://www.victorherediaweb.com.ar/

https://www.clarin.com/espectaculos/todavia-cantamos_0_r1OUU_e0Kg.html



quinta-feira, 9 de maio de 2019

Dussek é Show!

Eu quero seus cabelos negros
Nas minhas mãos
Eu quero seus olhinhos ciganos
Nos meus sonhos


Eduardo Dussek é show! Verdade. Esse artista genial fez um sucesso estrondoso na década de 80. Sua irreverência, combinada com romantismo, alcançou o topo das paradas musicais, mas não só por um modismo. Por trás de um visual excêntrico e de letras de humor e crítica, está um músico talentoso, versátil e inteligente.


Eu comecei este texto com uma estrofe da música Cabelos Negros, que ele compôs com Luiz Antônio de Cássio, por ser um bom exemplo dessa versatilidade. Em um álbum cheio de irreverência (Cantando no Banheiro), ele emplacou esse enorme sucesso romântico, isso lá nos idos de 1982/1983.

Cabelos Negros



Eu quero seus cabelos negros
Nas minhas mãos
Eu quero seus olhinhos ciganos
Nos meus sonhos
Eu quero você minha vida inteira
Como doce mania
Fosse qualquer maneira
Eu queria você assim como é
Sem mentir, nem dizer
O que não quiser
Eu quero você criança
Caída no chão
Eu quero você brilhando
Brincando de mim
Pois eu quis você
Como o sol e as estrelas
Noites de lua
Nostalgia
E vou ter você
Mesmo só pra pensar
Nessas coisas de amar
Na alegria
Eu começo a descobrir
Que em meu coração
Tá nascendo um jardim
Pensando em plantar
Você dentro de mim
Pois preciso lhe ver
Várias vezes florescendo
Nas luas crescentes
Sentir seu perfume
Prá encontrar você

Coloquei aqui um vídeo do Eduardo Dussek cantando e tocando essa música ao piano, em um show gravado em 2011. Só voz, piano e emoção.




Muitas de suas músicas são cantadas e tocadas em festas, agitando a galera que curte um bom flashback. Trazem boas lembranças de um tempo alegre pra muitos de nós.



Capa do LP Cantando no Banheiro, 1982

Em uma reportagem do jornal O GLOBO, em 2017, há vários depoimentos de colegas, e entre eles, Miguel Falabella diz assim: "Eduardo Dussek sempre teve talento para ir do lirismo ao deboche, combinar humor e poesia. É um homem de profunda inteligência, um ser humano especial."
Dussek começou a ficar famoso quando participou do festival MPB Shell, em 1980, e interpretou sua música Nostradamus:

"Naquela manhã
Eu acordei tarde, de bode
Com tudo que sei
Acendi uma vela
Abri a janela
E pasmei"


Entre os seus muitos sucessos estão, por exemplo, Folia no Matagal, Cantando no Banheiro, Barrados no Baile, Doméstica, Rock da Cachorra.

Troque seu cachorro
Por uma criança pobre
Sem parente, sem carinho
Sem rango, sem cobre
Deixe na história de sua vida
Uma notícia nobre...


Outras músicas de trilhas de novelas, na década de 90, ajudaram Dussek a continuar circulando pelas paradas musicais. Trabalhou também como ator, fez direção teatral, talk show de humor e musicais. E por onde ele anda? Eduardo Dussek continua na ativa fazendo shows pelo Brasil. Nas redes sociais ele atualiza informações de contato para shows fechados e a agenda de apresentações públicas.

Pra finalizar essas recordações da minha juventude, escolhi no Spotify um álbum mais recente que o Eduardo Dussek gravou ao vivo em 2011, no Teatro OI Casa Grande, no Rio de Janeiro. Nome? Dussek é Show!




Se você gostou do nosso blog, compartilhe com seus amigos.

Ou acompanhe as atualizações pela nossa página no facebook: facebook.com/vemvindoumamelodia 

Referências: