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sábado, 25 de maio de 2019

Nós ainda cantamos e sonhamos...

Todavía cantamos, todavía pedimos
Todavía soñamos, todavía esperamos;
Que nos den la esperanza
De saber que es posible
Que el jardín se ilumine
Con las risas y el canto
De los que amamos tanto

Há 35 anos, Víctor Heredia, emocionou a Argentina e toda a América Latina, com a força desses versos e dessa música. Na voz de Mercedes Sosa, ela se transformou em um hino de esperança.

Embora a inspiração tenha sido pessoal, familiar, a música criou uma forte identificação com o momento e por isso ela ganhou vida própria.

Víctor Heredia
E foi essa música que veio agora aos meus ouvidos, com muita força e emoção, ao encarar sentimentos de medo,  tristeza, desencanto. Mesmo assim eu canto, eu sonho, espero e acredito que é possível que o jardim se ilumine.

Todavía cantamos, todavía pedimos
Todavía soñamos, todavía esperamos
A pesar de los golpes
Que asestó en nuestras vidas
El ingenio del odio
Desterrando al olvido
A nuestros seres queridos
Todavía cantamos, todavía pedimos
Todavía soñamos, todavía esperamos;
Que nos digan adónde
Han escondido las flores
Que aromaron las calles
Persiguiendo un destino
¿Dónde, dónde se han ido?
Todavía cantamos, todavía pedimos
Todavía soñamos, todavía esperamos;
Que nos den la esperanza
De saber que es posible
Que el jardín se ilumine
Con las risas y el canto
De los que amamos tanto
Todavía cantamos, todavía pedimos
Todavía soñamos, todavía esperamos;
Por un día distinto
Sin apremios ni ayuno
Sin temor y sin llanto
Porque vuelvan al nido
Nuestros seres queridos
Todavía cantamos, todavía pedimos
Todavía soñamos, todavía esperamos...

Nesse vídeo, a força dos versos e da melodia. Em uma apresentação histórica no Festival Internacional de Música, em Viña del Mar, no Chile, em 1993. Mercedes Sosa. Todavía Cantamos!


E aqui, uma versão em estúdio, com a interpretação do próprio Víctor Heredia e Leon Gieco.


Referências:

http://www.victorherediaweb.com.ar/

https://www.clarin.com/espectaculos/todavia-cantamos_0_r1OUU_e0Kg.html



quinta-feira, 9 de maio de 2019

Dussek é Show!

Eu quero seus cabelos negros
Nas minhas mãos
Eu quero seus olhinhos ciganos
Nos meus sonhos


Eduardo Dussek é show! Verdade. Esse artista genial fez um sucesso estrondoso na década de 80. Sua irreverência, combinada com romantismo, alcançou o topo das paradas musicais, mas não só por um modismo. Por trás de um visual excêntrico e de letras de humor e crítica, está um músico talentoso, versátil e inteligente.


Eu comecei este texto com uma estrofe da música Cabelos Negros, que ele compôs com Luiz Antônio de Cássio, por ser um bom exemplo dessa versatilidade. Em um álbum cheio de irreverência (Cantando no Banheiro), ele emplacou esse enorme sucesso romântico, isso lá nos idos de 1982/1983.

Cabelos Negros



Eu quero seus cabelos negros
Nas minhas mãos
Eu quero seus olhinhos ciganos
Nos meus sonhos
Eu quero você minha vida inteira
Como doce mania
Fosse qualquer maneira
Eu queria você assim como é
Sem mentir, nem dizer
O que não quiser
Eu quero você criança
Caída no chão
Eu quero você brilhando
Brincando de mim
Pois eu quis você
Como o sol e as estrelas
Noites de lua
Nostalgia
E vou ter você
Mesmo só pra pensar
Nessas coisas de amar
Na alegria
Eu começo a descobrir
Que em meu coração
Tá nascendo um jardim
Pensando em plantar
Você dentro de mim
Pois preciso lhe ver
Várias vezes florescendo
Nas luas crescentes
Sentir seu perfume
Prá encontrar você

Coloquei aqui um vídeo do Eduardo Dussek cantando e tocando essa música ao piano, em um show gravado em 2011. Só voz, piano e emoção.




Muitas de suas músicas são cantadas e tocadas em festas, agitando a galera que curte um bom flashback. Trazem boas lembranças de um tempo alegre pra muitos de nós.



Capa do LP Cantando no Banheiro, 1982

Em uma reportagem do jornal O GLOBO, em 2017, há vários depoimentos de colegas, e entre eles, Miguel Falabella diz assim: "Eduardo Dussek sempre teve talento para ir do lirismo ao deboche, combinar humor e poesia. É um homem de profunda inteligência, um ser humano especial."
Dussek começou a ficar famoso quando participou do festival MPB Shell, em 1980, e interpretou sua música Nostradamus:

"Naquela manhã
Eu acordei tarde, de bode
Com tudo que sei
Acendi uma vela
Abri a janela
E pasmei"


Entre os seus muitos sucessos estão, por exemplo, Folia no Matagal, Cantando no Banheiro, Barrados no Baile, Doméstica, Rock da Cachorra.

Troque seu cachorro
Por uma criança pobre
Sem parente, sem carinho
Sem rango, sem cobre
Deixe na história de sua vida
Uma notícia nobre...


Outras músicas de trilhas de novelas, na década de 90, ajudaram Dussek a continuar circulando pelas paradas musicais. Trabalhou também como ator, fez direção teatral, talk show de humor e musicais. E por onde ele anda? Eduardo Dussek continua na ativa fazendo shows pelo Brasil. Nas redes sociais ele atualiza informações de contato para shows fechados e a agenda de apresentações públicas.

Pra finalizar essas recordações da minha juventude, escolhi no Spotify um álbum mais recente que o Eduardo Dussek gravou ao vivo em 2011, no Teatro OI Casa Grande, no Rio de Janeiro. Nome? Dussek é Show!




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Referências: