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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Caó e a luta contra o racismo

Nesse domingo, morreu Carlos Alberto Caó de Oliveira, uma grande liderança do movimento negro no Brasil, especialmente em seus dois mandatos parlamentares, na década de 80, em que se destacou pela aprovação da Lei Caó, contra o racismo e outros tipos de preconceito. Foi ele quem garantiu a inclusão do combate ao racismo na Constituição de 88 e a lei de tipificação dos crimes de racismo, no ano seguinte.



Lázaro Ramos entrevista Carlos Alberto Caó, em 2012

Caó foi uma liderança popular, que exerceu o cargo de Secretário de Estado de Trabalho e Habitação, durante o Governo de Leonel Brizola, no Rio de Janeiro.


Carlos Alberto Caó de Oliveira

Ao lembrar que foi em 1988 que a Unidos de Vila Isabel ganhou seu primeiro título no Carnaval Carioca, com o samba "Kizomba, a Festa da Raça", achei oportuno homenagear o Caó e a sua luta, com esse samba campeão, aqui interpretado por Martinho da Vila.

Afinal, a música sempre foi um instrumento importante para reforçar as lutas dos movimentos sociais e o samba uma das mais expressivas manifestações culturais dos negros brasileiros.



Desfile da Unidos de Vila Isabel em 1988


Valeu Caó!

Kizomba, a Festa da Raça
(Rodolpho, Jonas e Luiz Carlos da Vila)



Valeu, Zumbi
O grito forte dos Palmares
Que correu terra, céus e mares
Influenciando a abolição

Zumbi, valeu
Hoje a Vila é Kizomba
É batuque, canto e dança
Jongo e Maracatu
Vem, menininha
Pra dançar o Caxambu

Ô,ô, Ô,ô
Nega mina
Anastácia não se deixou escravizar
Ô,ô
Ô,ô,ô,ô
Clementina, o pagode é o partido popular
Sacerdote ergue a taça
Convocando toda a massa
Neste evento que congraça
Gente de todas as raças
Numa mesma emoção

Esta Kizomba é nossa constituição
Esta Kizomba é nossa constituição

Que magia
Reza, ajeum e Orixá
Tem a força da cultura
Tem a arte e a bravura
E o bom jogo de cintura
Faz valer seus ideais
E a beleza pura dos seus rituais

Vem a Lua de Luanda
Para iluminar a rua
Nossa sede e nossa sede
De que o apartheid se destrua

Valeu, Zumbi
O grito forte dos Palmares
Que correu terra, céus e mares
Influenciando a abolição
Zumbi, valeu
Hoje a Vila é Kizomba
É batuque, canto e dança
Jongo e Maracatu
Vem, menininha
Pra dançar o Caxambu
Ô,ô, Ô,ô
Nega mina
Anastácia não se deixou escravizar
Ô,ô
Ô,ô,ô,ô
Clementina, o pagode é o partido popular
Sacerdote ergue a taça
Convocando toda a massa
Neste evento que congraça
Gente de todas as raças
Numa mesma emoção

Esta Kizomba é nossa constituição
Esta Kizomba é nossa constituição

Que magia
Reza, ajeum e Orixá
Tem a força da cultura
Tem a arte e a bravura
E o bom jogo de cintura
Faz valer seus ideais
E a beleza pura dos seus rituais

Vem a Lua de Luanda
Para iluminar a rua
Nossa sede é nossa sede
De que o apartheid se destrua
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