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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Uma dor assim pungente, não há de ser inutilmente.

Sei que uma dor assim pungente, não há de ser inutilmente!

Essa música está na memória de todos nós com a voz de Elis Regina. Mas seus autores são João Bosco e Aldir Blanc. No vídeo que segue depois da letra, João Bosco toca e canta esse sucesso em um show. Na verdade, quem canta e se emociona é a plateia. E eu, ao reproduzir aqui esta poesia. Viva a música!



O bêbado e a equilibrista

Caía
A tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos

A lua
Tal qual a dona de um bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel

E nuvens
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!

Louco
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Pra noite do Brasil
Meu Brasil

Que sonha
Com a volta do irmão do henfil
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete

Chora
A nossa pátria, mãe gentil
Choram Marias e Clarisses
No solo do Brasil

Mas sei
Que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente:
A esperança
Dança, na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha
Pode se machucar

Azar
A esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar



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